Barado no cemitério!

Ontem foi feriado, dia de visitar os falecidos. Não é que chega um indivíduo nos seus 55 anos que parecia estar perdido lá no meio das campas, e começa a pegar nos ramos de flores e a apreciá-las que estavam em cima de duas campas pegadas. E eu naquela: " ah, deve ser a campa da familia, tá a li nos arranjos e retoques". Não é que tipo basa com um ramo debaixo do braço, como se nada fosse, segue por lá fora com ar de quem acabou de sair da florista e eu ponho-me a topar de longe. O sujeito chega a uma campa umas 15 filas mais à frente, começa a comprimentar julgo eu a familia que estava lá e põe o ramo na campa. Isto tudo com muita normalidade sem ninguém se aperceber de nada. Isto levou-me a criar um novo conceito de indivíduos que circulam nos cemitérios, intitulados por: "os artistas das flores".